domingo, 26 de outubro de 2008

Eu, que quase sempre lúcida. Eu, que quase sempre ingênua, quase sempre superficial. Abandonei meus pensamentos na primeira curva de felicidade. Abandonei qualquer tentativa de fazer da vida mais essência. Eu ia falar da sua poesia. A cada dia te sinto mais madura em idéias, mas ainda há uma ingenuidade pra dizer. Resolvi olhar no espelho e você estava lá, igual. Como é que eu te digo o que é tão meu?
Aí penso que ando vivendo por nada, no vazio das coisas. Penso que não penso. Mas quando a poesia me entra como um sopro na alma, todas as minhas defesas caem. E eu lembro da menina que se fala "vai" a cada frio na barriga antes da cena, do exercício da vida. E eu lembro da voz que me fala "vai" todo dia de manhã quando não quero acordar. E penso que, de alguma forma, há essência na vida.
Talvez falte só é coragem pra olhar no espelho.

Um comentário:

Ana Silvia disse...

ingenuidade... eu me descobri tão ingeua dia desses. A gente descobre, não quer entender, não quer olhar no espelho,mas a gente tem que viver,não o é?

A descoberta da ingenuidade muda a gente, eu te conto!