e toda poesia todas as cores do dia todos os dias de sol tudo terá sempre um pouquinho de seu
meu menino mel
sábado, 14 de março de 2009
acho que não quero mais chorar os mortos tão mortos dentro de mim o vazio de não lembrar de mais nada no corpo na alma em qualquer lugar que eu possa sentar e chorar e chorar no seu colo muito pequeno e chorar sobre a morte e a vida e a falta de escolha e necessidade de ser eu mesma a terra sempre a engolir os mortos a toda hora a todo segundo eles se vão dentro de mim e dentro de mim há espaço pra vida e há espaço para ser para sempre essa vontade de recomeçar de redescobrir-se e ser e ser e ser
de todas as belezas já ditas de tudo já vivido de todas as horas que passei por aí
do meu corpo, nem devasso nem santo do meu peito, campo vazio das pessoas que eu não conheci