sábado, 14 de março de 2009

acho que não quero mais chorar os mortos tão mortos dentro de mim o vazio de não lembrar de mais nada no corpo na alma em qualquer lugar que eu possa sentar e chorar e chorar no seu colo muito pequeno e chorar sobre a morte e a vida e a falta de escolha e necessidade de ser eu mesma a terra sempre a engolir os mortos a toda hora a todo segundo eles se vão dentro de mim e dentro de mim há espaço pra vida e há espaço para ser para sempre essa vontade de recomeçar de redescobrir-se e ser e ser e ser

2 comentários:

Castro Lisboa disse...

"os mortos tão mortos dentro de mim"
Degustando isso ainda. Extremanente degustável tua escrita.
Voltarei.

Dayane Lacerda disse...

E ser e fazer existir nesse mundo para algo mais que algo para tudo mais que tudo sempre por nada para nada simplesmente pelo fato de existir
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